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Corpo mental

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 Nota: Para outros significados, veja Manas (desambiguação).

Corpo mental (da raiz do sânscrito, man, pensar), é considerado, por muitos espiritualistas, como um veículo de manifestação dos seres humanos.[1][2][3] Tendo relação com os conceitos de mente e de manas, o corpo mental representa uma essência energética de dimensão superior ao psicossoma (Corpo Astral[1] ou Corpo de Desejos[2] ou Perispírito[4]). É o idealizador e o mantenedor das formas e do funcionamento dos corpos que lhe são inferiores - Corpo Astral, Corpo Etérico e Corpo Físico - e executor dos veículos superiores - Budhi e Atman.[1]

Na teosofia, manas é o reflexo do 5º princípio na constituição setenária do Homem e é de natureza dual. Na sua essência mais elevada (manas superior) é o "pensador" em nós, nossa verdadeira e divina mente, o Ego humano (não confundir com o ego definido pela psicologia). Manas inferior é definido como corpo mental que tem a tendência de se aliar ao desejo (Kama). Manas tem a função de unir a parte animal (quaternário inferior, formado por Kâma Rupa, Prâna, Linga Sharira e Sthula Sharira) à Atman-Budhi - a parte espiritual. Manas superior e Manas inferior seriam unidos pelo Antahkarana.[1]

Fraternidade Rosacruz

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De acordo com os escritos rosacrucianos de Max Heindel, a mente é a ultima aquisição do espírito humano e está associado à Região do Pensamento Concreto (inferior) do Mundo do Pensamento (Plano mental na teosofia); enquanto que na Região do Pensamento Abstrato (superior) se localiza o 3º aspecto do tríplice Ego (Espírito, Eu Superior ou Centelha Divina), designado por Espírito Humano. Heindel pondera que a mente não seria ainda um corpo organizado, e na maior parte dos indivíduos é uma espécie de nuvem disposta na região da cabeça. A mente funcionaria como a ligação ou focus entre o tríplice espírito e o tríplice corpo, mas como uma reflexão invertida. Heindel refere que para o clarividente treinado parece haver um espaço vazio no centro da testa imediatamente a seguir e entre as sobrancelhas; esse espaço parece como a parte azul de uma chama de gás, mas nem o mais dotado clarividente pode penetrar nesse véu, também designado por "O Véu de Isís".[2]

André Luiz, por intermédio da psicografia de Chico Xavier, faz uma referência expressa ao corpo mental no livro Evolução em Dois Mundos (1959), afirmando que o perispírito ou corpo espiritual "retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação". Esclarece André Luiz que, na falta de terminologia adequada, ficava impossibilitado de defini-lo com maior amplitude de conceituação, além da que tem sido utilizada pelos pesquisadores espiritualistas.[3]

Divisão didática

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  • Mental superior: veículo por meio do qual o espírito elabora e estrutura as ideias, lidando com arquétipos universais.
  • Mental inferior: possui a função intelectiva de englobar as percepções associadas aos cinco sentidos, comuns ao corpo físico, e de dar formas às ideias.[2]

Além das funções citadas, a mente superior é a sede da memória do espírito imortal, ao longo de suas várias existências corporais. O aprendizado, hábitos e automatismos ficam armazenados em manas.

Ligação aos corpos inferiores

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A mente estaria ligada ao corpo de desejos ou corpo astral através de um cordão energético. Esta ligação ocorreria durante o processo de encarnação de um espírito. Cessada a encarnação, ou quando não existe mais a necessidade de se encarnar, o espírito se desfaz do corpo de desejos e passa a viver apenas com a mente e os veículos superiores.[2][5]

Referências

  1. a b c d Blavatsky, Helena. A Doutrina Secreta. [S.l.: s.n.] 
  2. a b c d e Heindel, Max (1909). O conceito rosacruz do cosmos. [S.l.: s.n.] 
  3. a b Xavier, Francisco. «Evolução em dois mundos» (PDF). Federação Espírita Brasileira 
  4. Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. [S.l.: s.n.] 
  5. Leadbeater, Charles. O Plano Mental. [S.l.: s.n.] 

Ligações externas

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